Cinco razões para não tomar refrigerante

No fim do século 19, era vendido nas farmácias como xarope de carbonatado ou simplesmente soda. Hoje saiu das antigas farmácias e se transformou na febre de todos os tempos, com vários tipos e sabores, com direito a disputa de marcas, latinhas personalizadas, urso polar, limãozinho, bonequinhos e até mesmo disputa de comerciais entre gostosas e bonitinhos.

O refrigerante é a segunda bebida mais consumida do mundo, perdendo apenas para água. No entanto, a onipresente Coca-Cola e afins têm mais pontos negativos que positivos. Vamos a eles.



1. Há muita química entre nós

O refrigerante é uma bebida consideravelmente artificial. Tirando aquele gostinho de fruta, possui corantes, conservantes, grande quantidade de açúcares. Nas versões light, diet e zero contém adoçantes artificiais. Sem falar da cafeína que nos deixa ligadões e de um acidulante, o ácido fosfórico.

De nutrientes, não tem nada. Você simplesmente bebe um coquetel molotov de água com gás, açúcar e um monte de tranqueira que boa parte não sabe nem pra que serve (descartando as limpezas de ferrugem, desentupidor de pia e experiências malucas).


2. Diet, light ou zero não resolve

Por não possuir nutriente algum, você acaba consumindo calorias inúteis que aumentam o colesterol ruim e se acumulam cada vez mais até aparecer aquela barriguinha graciosa olhando pra você.

“Ah, mas eu tomo o light, zero ou diet, não tem problema!”

Isso é o que você pensa. Como eu falei um parágrafo atrás, esses tipos de refrigerante têm adoçantes artificiais pra poder substituir o açúcar normal. O uso de adoçante sozinho é um tanto suspeito para as pessoas que não são diabéticas, já que ele foi projetado para pessoas cujo organismo tem certa deficiência de absorção de glicose, podendo ser até 600 vezes mais doce que o próprio açúcar.

Esse elevado teor de “doçura” sintética leva uma porrada de substâncias químicas ao fígado, o que dificulta na absorção, sobrecarregando-o e fazendo com que ele mande mensagens para o cérebro dizendo “Ó, tem muita glicose aqui, e tem gente estranha também, vamos dar um jeito nisso rápido”. Só que, quando o cérebro vai checar, ele não vê nada de glicose pra ser transformada, e sim substâncias falsas em muito excesso, daí o stress do desespero o obriga a mandar mensagens para que você possa comer mais para poder suprir a substância de produção de energia (glicose) que não chegou para que assim, possa processar e expulsar as substâncias falsas que estão em excesso, que são de difícil quebra para pessoas não diabéticas.

Quanto mais adoçante ingerir, mais o seu organismo vai aumentar o seu apetite e ânsia de comer e beber. Light ou Diet não adianta nada.


3. Ossos fortes para toda a vida? Acho que não.

Primeira coisa que você nota quando toma um refrigerante é que os dentes ficam esquisitos, não na aparência, mas você sente que eles ficam estranhos, principalmente quando você fricciona um com o outro. Isso tem explicação.

Como disse, uma das composições do refri é o ácido fosfórico (acidulante). Em nosso organismo, todo fósforo existente precisa de uma molécula de cálcio para que ele possa ser processado e equilibrado, daí imagine a situação: do nada surge uma avalanche de fósforo no organismo e não tem cálcio suficiente pra dar conta do recado. Desequilibra tudo, já que o fósforo vai começar a buscar no próprio corpo humano as fontes de cálcio que são os ossos, que ficam mais sensíveis, aumentando os risco de osteoporose.

Um exemplo bom disso é uma experiência que alguém deve ter feito na escola: pegar uma lata de Coca-Cola e por um osso cru de galinha dentro. Espera algumas horas ou até o outro dia e depois de tirá-lo você nota que ficou um tanto borrachudo.


4. 110, 115, 160, só pra ver até quando o motor aguenta

Quem aí já não tomou café ou alguma coisa com guaraná em pó pra ficar acordado até altas horas terminando aquele trabalho? Pois é. Sabemos que existem N variedades de refrigerante no mercado mundial, mas os mais consumidos são aqueles a base de cola e guaraná. Eles são riquíssimos em cafeína, substância vasodilatadora, diurética e excitante natural, que estimula o sistema nervoso central, o que ajuda no revigoramento, na diminuição do sono e fadiga.

Porém, a cafeína descarrega uma quantidade alta de adrenalina, causando assim um aumento brusco de pressão (que é ajudada pela vasodilatação), arritmia cardíaca e tremores involuntários.


5. Gases, arrotos e outras excrescências

Todo mundo já deve ter feito aquela brincadeira: tomar um gole de refri pra fazer disputa de arroto ou outras coisas sonoras. Como o gás não é absorvido pelo organismo, ele tende ser eliminado. A primeira eliminação acontece assim que você engole, pois as bolinhas de gás vão se estourando à medida que passam pelo esôfago.

Em seguida a bebida passa pelo estômago, onde já é produzido bastante gás durante a digestão. A soma o gás da digestão com o gás do refrigerante aumenta a flatulência intestinal, ou seja, aumenta a produção do punzinho básico.


A solução!

Existem várias formas de tentar burlar esse vício por meio de substituições saudáveis. Para os que estão mais dispostos a mudar de vida vão umas dicas: energéticos, sucos naturais, sucos a base de soja, chás gelados (moderadamente devido à cafeína) ou até mesmo um vinho ou uma cerveja (contanto que não passe de um copo).

Para os que são super viciados e tem dificuldade, sugiro que tentem diminuir aos poucos: se em uma semana você derruba duas garrafas de dois litros, na próxima semana diminua para um litro, gradativamente, até não tomar mais nada. Seu organismo vai estranhar o processo, sim, mas não se assuste. Talvez surjam os seguintes sintomas: dores de cabeça, irritabilidade e insônia. Algo normal, já que o seu corpo está tentando se estabilizar em relação à falta de cafeína.


Autora: Jú Lins, no blog Papo de Homem

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